terça-feira, 19 de março de 2013

Malefícios do reflorestamento com eucalipto


O eucalipto não é nativo do Brasil, veio da Austrália, acostumado à solos difíceis, afinal praticamente metade da Austrália é deserto, é plantado em áreas já desmatadas e usadas à muito tempo em outras culturas, também não sofre industrialização, apenas o tratamento em vácuo e pressão (osmopressurização) sem queima de combustíveis.
Toda plantação, que não a mata nativa, que estava naquele lugar vai causar maior ou menos impacto naquele solo, a questão é: se vamos construir ou ocupar um espaço podemos e devemos nos preocupar em causar o menor impacto possível
O eucalipto (inserido na categoria das folhosas), com mais de seiscentas espécies descritas, principal matéria-prima do processo de produção da celulose de fibra curta, ocupava, em 2001, aproximadamente três milhões de hectares em todo o Brasil, localizados, em sua maior parte, na região Sudeste e no Estado da Bahia. Já o Pinus (inserido na categoria das coníferas), utilizado como insumo para a produção de celulose de fibra longa, painéis de madeira e na indústria moveleira, entre outros usos, tem 76% de seu plantio nas regiões Sul e Sudeste do país, onde o clima lhe é mais favorável.
O reflorestamento com eucalipto em grandes extensões territoriais tem sido alvo de caloroso debate, que está longe de ser consensual, ainda mais quando se inclui a questão ambiental como central e imprescindível para o desenvolvimento sustentável.
Em síntese, os efeitos ambientais adversos do plantio de eucalipto mais ressaltados por aqueles que se posicionam contrariamente a ele são: a retirada de água do solo, tornando o balanço hídrico deficitário, com o rebaixamento do lençol freático e até o secamente de nascentes; o empobrecimento de nutrientes no solo, bem como seu ressecamento; a desertificação de amplas áreas, pelos efeitos alopáticos sobre outras formas de vegetação e a consequente extinção da fauna; a ocupação de extensas glebas de terra, que poderiam estar produzindo alimentos; a criação de empregos apenas durante a implantação do plantio, mesmo assim para mão-de-obra desqualificada, com baixos salários, e o estímulo ao êxodo rural e o consequente inchaço das metrópoles.
Já a ausência ou pouca diversidade de espécies animais em reflorestamentos de eucalipto parece ser a mais inquestionável de todas as críticas que se fazem a eles. Alguns chegam a dizer que, a não ser a abelha europeia e a coala, que vive na Austrália e se alimenta de eucalipto, nenhuma outra forma de vida sobrevive nessas florestas homogêneas.
Exageros à parte é indubitável que uma monocultura, quer de eucalipto ou de qualquer outra espécie, é reconhecidamente menos capaz de suportar uma alta diversidade de fauna, dada a indisponibilidade de nichos apropriados. Outras hipóteses aventadas são a ausência de água e o fato de as folhas de eucalipto serem indigestas devido à concentração usualmente elevada de taninos, resultando em condições inóspitas para os insetos e todos os demais animais da cadeia trófica.


  Para a produção de dormentes de eucalipto, são derrubadas centenas de árvores todos os dias, e para compensar é necessário replantar o que foi derrubado, o Eucalipto é uma maneira prática de se fazer o reflorestamento, pois é uma espécie que se desenvolve rápido e facilmente ,mas com o plantio de eucaliptos ocorre um fenômeno que  retira a água do solo causando o rebaixamento do lençol freático e ate o secamente de nascentes, alem de ser uma árvore que serve de alimento para pouquíssimas espécies de animais. Ou seja é uma solução simples, porem incompleta, pois o correto seria o plantio de árvores nativas para evitar todos os problemas explicados no post, "mas por ser um meio muito complicado é muito melhor simplesmente plantar eucalipto em todo canto". Esse é o pensamento das industrias que se utilizam de madeira, esse é o conceito que precisa ser mudado.

Um comentário:

  1. Boa noite Tiago! Em que vc fundamentou este seu texto,que por sinal achei muito interessante? luizsilvacoelho@gmail.com.

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