O eucalipto não é nativo do Brasil, veio da
Austrália, acostumado à solos difíceis, afinal praticamente metade da Austrália
é deserto, é plantado em áreas já desmatadas e usadas à muito tempo em outras
culturas, também não sofre industrialização, apenas o tratamento em vácuo e
pressão (osmopressurização) sem queima de combustíveis.
Toda plantação, que não a mata nativa, que estava
naquele lugar vai causar maior ou menos impacto naquele solo, a questão é: se
vamos construir ou ocupar um espaço podemos e devemos nos preocupar em causar o
menor impacto possível
O eucalipto (inserido na categoria das folhosas),
com mais de seiscentas espécies descritas, principal matéria-prima do processo
de produção da celulose de fibra curta, ocupava, em 2001, aproximadamente três
milhões de hectares em todo o Brasil, localizados, em sua maior parte, na
região Sudeste e no Estado da Bahia. Já o Pinus (inserido na categoria das coníferas),
utilizado como insumo para a produção de celulose de fibra longa, painéis de
madeira e na indústria moveleira, entre outros usos, tem 76% de seu plantio nas
regiões Sul e Sudeste do país, onde o clima lhe é mais favorável.
O reflorestamento com eucalipto em grandes extensões
territoriais tem sido alvo de caloroso debate, que está longe de ser consensual,
ainda mais quando se inclui a questão ambiental como central e imprescindível
para o desenvolvimento sustentável.
Em síntese, os efeitos ambientais adversos do
plantio de eucalipto mais ressaltados por aqueles que se posicionam
contrariamente a ele são: a retirada de água do solo, tornando o balanço
hídrico deficitário, com o rebaixamento do lençol freático e até o secamente de
nascentes; o empobrecimento de nutrientes no solo, bem como seu ressecamento; a
desertificação de amplas áreas, pelos efeitos alopáticos sobre outras formas de
vegetação e a consequente extinção da fauna; a ocupação de extensas glebas de
terra, que poderiam estar produzindo alimentos; a criação de empregos apenas
durante a implantação do plantio, mesmo assim para mão-de-obra desqualificada,
com baixos salários, e o estímulo ao êxodo rural e o consequente inchaço das
metrópoles.
Já a ausência ou pouca diversidade de espécies
animais em reflorestamentos de eucalipto parece ser a mais inquestionável de todas
as críticas que se fazem a eles. Alguns chegam a dizer que, a não ser a abelha
europeia e a coala, que vive na Austrália e se alimenta de eucalipto, nenhuma
outra forma de vida sobrevive nessas florestas homogêneas.
Exageros à parte é
indubitável que uma monocultura, quer de eucalipto ou de qualquer outra espécie,
é reconhecidamente menos capaz de suportar uma alta diversidade de fauna, dada
a indisponibilidade de nichos apropriados. Outras hipóteses aventadas são a
ausência de água e o fato de as folhas de eucalipto serem indigestas devido à
concentração usualmente elevada de taninos, resultando em condições inóspitas
para os insetos e todos os demais animais da cadeia trófica.Para a produção de dormentes de eucalipto, são derrubadas centenas de árvores todos os dias, e para compensar é necessário replantar o que foi derrubado, o Eucalipto é uma maneira prática de se fazer o reflorestamento, pois é uma espécie que se desenvolve rápido e facilmente ,mas com o plantio de eucaliptos ocorre um fenômeno que retira a água do solo causando o rebaixamento do lençol freático e ate o secamente de nascentes, alem de ser uma árvore que serve de alimento para pouquíssimas espécies de animais. Ou seja é uma solução simples, porem incompleta, pois o correto seria o plantio de árvores nativas para evitar todos os problemas explicados no post, "mas por ser um meio muito complicado é muito melhor simplesmente plantar eucalipto em todo canto". Esse é o pensamento das industrias que se utilizam de madeira, esse é o conceito que precisa ser mudado.
Boa noite Tiago! Em que vc fundamentou este seu texto,que por sinal achei muito interessante? luizsilvacoelho@gmail.com.
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