Introdução aos
dormentes
Desde o surgimento da ferrovia, por suas características físicas
a madeira foi o material de comportamento mais satisfatório, cumprindo as
funções principais do dormente de ser o elemento de transferência de cargas do
trilho para o lastro e configuração geométrica da linha (bitola). Além disso, a
madeira era abundante e barata.
Visando a substituição da madeira tanto por razões
econômicas quanto ambientais, se tem adotado e pesquisado dormentes de outros
materiais, como concreto e metal, porém além de serem mais caros, eles tem
pouca resistência (concreto) e pouco estáveis, barulhentos e condutores
(metálicos).
Dormentes de Plástico
Os diversos tipos de plásticos usados são recolhidos do lixo
(embalagens usadas de material de limpeza, galões de plástico, engradados de bebidas
etc.), são prensados e higienizados e é iniciado o processo de pultrusão
(método de fabricação contínuo, mecanizado, para produtos de seção uniforme,
com utilização de resinas), onde alguns aditivos são adicionados.
O resultado deste processo todo é uma textura semelhante à
madeira, com a qual podem ser produzidos os dormentes que passam por uma
máquina de raios-X que verifica a uniformidade da peça, atestando ou não a sua
qualidade.
A economia com dormentes de plástico chega a 48mil dólares
por milha por ano nos
Estados Unidos, onde a utilização de dormentes de plástico é
bem difundida (TIETEK, 2006). Essa economia se deve à longa vida útil do
material, diminuindo, desta forma, os custos com manutenção de via e reposição
de dormentes.
Sob o ponto de vista ambiental, os dormentes de plástico são
85% material reciclável, sendo o restante as resinas responsáveis por sua
resistência mecânica. Ao invés de consumir 800 árvores para a fabricação de
dormentes para um trecho de 1600 metros de ferrovia, podem ser usadas, por
exemplo, dois milhões de embalagens plásticas e 8 milhões de sacolas plásticas.
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