domingo, 24 de março de 2013

Dormentes de Plástico


Introdução aos dormentes
Desde o surgimento da ferrovia, por suas características físicas a madeira foi o material de comportamento mais satisfatório, cumprindo as funções principais do dormente de ser o elemento de transferência de cargas do trilho para o lastro e configuração geométrica da linha (bitola). Além disso, a madeira era abundante e barata.
Visando a substituição da madeira tanto por razões econômicas quanto ambientais, se tem adotado e pesquisado dormentes de outros materiais, como concreto e metal, porém além de serem mais caros, eles tem pouca resistência (concreto) e pouco estáveis, barulhentos e condutores (metálicos).
Dormentes de Plástico

Os diversos tipos de plásticos usados são recolhidos do lixo (embalagens usadas de material de limpeza, galões de plástico, engradados de bebidas etc.), são prensados e higienizados e é iniciado o processo de pultrusão (método de fabricação contínuo, mecanizado, para produtos de seção uniforme, com utilização de resinas), onde alguns aditivos são adicionados.
O resultado deste processo todo é uma textura semelhante à madeira, com a qual podem ser produzidos os dormentes que passam por uma máquina de raios-X que verifica a uniformidade da peça, atestando ou não a sua qualidade.
A economia com dormentes de plástico chega a 48mil dólares por milha por ano nos
Estados Unidos, onde a utilização de dormentes de plástico é bem difundida (TIETEK, 2006). Essa economia se deve à longa vida útil do material, diminuindo, desta forma, os custos com manutenção de via e reposição de dormentes.
Sob o ponto de vista ambiental, os dormentes de plástico são 85% material reciclável, sendo o restante as resinas responsáveis por sua resistência mecânica. Ao invés de consumir 800 árvores para a fabricação de dormentes para um trecho de 1600 metros de ferrovia, podem ser usadas, por exemplo, dois milhões de embalagens plásticas e 8 milhões de sacolas plásticas.

É, nós tivemos uma boa aula bem explicativa a respeito dos dormentes, como podemos imaginar os dormentes de madeira são bem prejudiciais à natureza, mas além disso há desvantagens financeiras pras empresas ferroviárias por conta da pouca duração atual desses dormentes, então como agora existem motivos financeiros, além da pressão ambiental para se deixar de usar madeira para na fabricação dormentes, se começou a abrir o olho para novas soluções na substituição da madeira como matéria prima, foi quando pensaram na utilização do plástico para essa finalidade. Esse material parece estar se mostrando bem eficaz em teoria, seus estudos estão avançados até, no exterior é bem usado e no Brasil algumas empresas estão começando a testá-los, mas no próximo tópico falaremos mais a fundo sobre isso ;)

terça-feira, 19 de março de 2013

Malefícios do reflorestamento com eucalipto


O eucalipto não é nativo do Brasil, veio da Austrália, acostumado à solos difíceis, afinal praticamente metade da Austrália é deserto, é plantado em áreas já desmatadas e usadas à muito tempo em outras culturas, também não sofre industrialização, apenas o tratamento em vácuo e pressão (osmopressurização) sem queima de combustíveis.
Toda plantação, que não a mata nativa, que estava naquele lugar vai causar maior ou menos impacto naquele solo, a questão é: se vamos construir ou ocupar um espaço podemos e devemos nos preocupar em causar o menor impacto possível
O eucalipto (inserido na categoria das folhosas), com mais de seiscentas espécies descritas, principal matéria-prima do processo de produção da celulose de fibra curta, ocupava, em 2001, aproximadamente três milhões de hectares em todo o Brasil, localizados, em sua maior parte, na região Sudeste e no Estado da Bahia. Já o Pinus (inserido na categoria das coníferas), utilizado como insumo para a produção de celulose de fibra longa, painéis de madeira e na indústria moveleira, entre outros usos, tem 76% de seu plantio nas regiões Sul e Sudeste do país, onde o clima lhe é mais favorável.
O reflorestamento com eucalipto em grandes extensões territoriais tem sido alvo de caloroso debate, que está longe de ser consensual, ainda mais quando se inclui a questão ambiental como central e imprescindível para o desenvolvimento sustentável.
Em síntese, os efeitos ambientais adversos do plantio de eucalipto mais ressaltados por aqueles que se posicionam contrariamente a ele são: a retirada de água do solo, tornando o balanço hídrico deficitário, com o rebaixamento do lençol freático e até o secamente de nascentes; o empobrecimento de nutrientes no solo, bem como seu ressecamento; a desertificação de amplas áreas, pelos efeitos alopáticos sobre outras formas de vegetação e a consequente extinção da fauna; a ocupação de extensas glebas de terra, que poderiam estar produzindo alimentos; a criação de empregos apenas durante a implantação do plantio, mesmo assim para mão-de-obra desqualificada, com baixos salários, e o estímulo ao êxodo rural e o consequente inchaço das metrópoles.
Já a ausência ou pouca diversidade de espécies animais em reflorestamentos de eucalipto parece ser a mais inquestionável de todas as críticas que se fazem a eles. Alguns chegam a dizer que, a não ser a abelha europeia e a coala, que vive na Austrália e se alimenta de eucalipto, nenhuma outra forma de vida sobrevive nessas florestas homogêneas.
Exageros à parte é indubitável que uma monocultura, quer de eucalipto ou de qualquer outra espécie, é reconhecidamente menos capaz de suportar uma alta diversidade de fauna, dada a indisponibilidade de nichos apropriados. Outras hipóteses aventadas são a ausência de água e o fato de as folhas de eucalipto serem indigestas devido à concentração usualmente elevada de taninos, resultando em condições inóspitas para os insetos e todos os demais animais da cadeia trófica.


  Para a produção de dormentes de eucalipto, são derrubadas centenas de árvores todos os dias, e para compensar é necessário replantar o que foi derrubado, o Eucalipto é uma maneira prática de se fazer o reflorestamento, pois é uma espécie que se desenvolve rápido e facilmente ,mas com o plantio de eucaliptos ocorre um fenômeno que  retira a água do solo causando o rebaixamento do lençol freático e ate o secamente de nascentes, alem de ser uma árvore que serve de alimento para pouquíssimas espécies de animais. Ou seja é uma solução simples, porem incompleta, pois o correto seria o plantio de árvores nativas para evitar todos os problemas explicados no post, "mas por ser um meio muito complicado é muito melhor simplesmente plantar eucalipto em todo canto". Esse é o pensamento das industrias que se utilizam de madeira, esse é o conceito que precisa ser mudado.

terça-feira, 12 de março de 2013

Dormentes de Madeira


Os dormentes em madeira possuem altos valores de resistência específica;necessita de baixo consumo de energia na sua produção; possui baixo preço e apresenta possibilidade de uso da matéria-prima de forma sustentada e ambientalmente correta.
No entanto, os dormentes de madeira, amplamente usados, requerem cuidados especiais para se garantir a durabilidade das peças, além disso, geram um importante passivo sobre o meio ambiente, uma vez que, são utilizadas grandes remessas, a taxa de renovação e reutilização é mínima.
A utilização da madeira também implica em outros intervenientes, porque sua vida útil é baixa em relação aos demais dormentes (concreto, aço, plástico) disponíveis no mercado; a isolação elétrica é boa quando o dormente está seco,caso contrário pode interromper o tráfego de trens. As ferrovias, usando em seu leito dormentes de madeira, provocaram um intensivo impacto sobre o meio ambiente. Milhares de m³ de madeira foram extraídos ao longo dos anos, para atender as necessidades operacionais da via sem nenhuma medida efetiva para reparar seus impactos às regiões exploradas.
O uso de dormentes nas ferrovias brasileiras foi uma das causas da devastação da Mata Atlântica. Apesar da nova consciência ecológica existente no País, o desmatamento continua a devastar a floresta, permanece o uso dormente de madeira proveniente de espécie nativa, enquanto se poderiam fabricar os dormentes ferroviários com outros materiais ou com madeira oriunda de projetos de reflorestamento (espécies cultiváveis).

Além do violento impacto ambiental, provocado pelo processo de destruição de áreas de mata atlântica, da caatinga, serrado e matas ciliares. Os dormentes de madeira apresentavam o inconveniente de se deteriorar sob a ação da variação de umidade e ataque de micro-organismos, tornando sua substituição muito frequente, implicando em mais desmatamento.
Para uma madeira ser utilizada como dormente, a mesma deve ser tratada, para se evitar a proliferação de fungos e insetos que podem acelerar o apodrecimento desta, no caso de entalhes e furações no dormente, nesta área onde o tratamento pode ter sido comprometido, é necessário novamente à aplicação do produto preservativo, por meio de pulverização ou similar.
Às 20:35 do dia 12/03/2013

                Nós podemos perceber na reportagem que novamente os dormentes de madeira parecem realmente muito bons, com altos valores de resistência especifica, baixo preço, baixo uso de energia na sua produção, etc.
               Mas o manuseio esses dormentes não é tão simples, é preciso cuidados especias com eles, para garantir que durem o máximo possível  pois o uso deles ja é muito amplo, e o corte de árvores está sendo muito mais rápido do que a renovação delas, uma equação que um dia vai deixar as árvores = 0.
               Pra complicar mais a vida dos dormentes de madeira é muito pequena quando a gente compara com os de aço, concreto e plástico. Ele é um bom isolante térmico quando seco, mas durante as chuvas perde essa vantagem.
               Além disso tudo os dormentes de madeira foram um dos responsáveis pela devastação da Mata Atlântica.
              Para usar  a madeira como dormente existem tratamentos específicos para evitar a proliferação de fungos e insetos.
              Dormentes de madeira não são tão simples, mas bons de se usar, porém aos poucos vamos tentar abandonar esse material para um que não agrida tanto o meio ambiente.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Objetivo do Blog e Dormentes de Madeira


Olá, Bem vindos ao Reflora-Via : )

Somos alunos do CFP “Eng. James C. Stewart”, cursando Técnico em Sistemas Mecânicos de Transportes Sobre Trilhos, e temos como objetivos relatar no blog o uso da madeira na ferrovia e as implicâncias que este uso traz ao meio ambiente. 
Um dos casos do uso de madeira é a utilização dos dormentes nos trilhos.

http://www.montana.com.br/var/montana/storage/images/media/images/prod-442x150_madtrat-ferr/22852-1-por-BR/prod-442x150_MadTrat-Ferr.jpg          Os dormentes de madeira produzidos de acordo com a NBR 7511 duram em média 15 anos, podendo ter sua vida útil prolongada através de manutenções e cuidados preventivos, o valor final dos dormentes de madeira é muito menor do que o oferecido pelos dormentes produzidos com outros materiais, portanto, é a opção mais econômica e pratica do mercado, permitindo maior retorno do capital investido, apesar de  tantas vantagens econômicas os dormentes de madeira agridem o meio ambiente com o desmatamento de florestas, outro problema vem com o reflorestamento com eucalipto que acabam com as propriedades fértil do solo.  





Bem, logo de cara quando lemos o texto temos a impressão que o uso de dormentes de madeira só traz vantagens, tem muitos benefícios, é perfeito, etc.
Se pensarmos apenas no hoje, realmente eles são perfeitos, porém o problema desse tipo de dormente não é imediato, a longo prazo que é percebido a agressão ao meio ambiente, pois são derrubadas milhares de árvores da qual sentiremos falta em alguns anos, quando o ar estiver tão poluído que a respiração vai ser difícil sem equipamentos como máscaras, etc.
            O Porém é que até que às vezes até que é feito um reflorestamento, mas é colocado pinheiros no lugar das árvores nativas da região, o que acaba com o solo tornando ele infértil.
            Soluções estão sendo buscadas pra esse problema, como os dormentes de plástico, por exemplo, mas falaremos disso em outro post, fique ligado no Reflora-Via para saber mais ; )